Terra coroada de verde circundante
de palhotas rodeadas de silencio e mistério...
vultos negros povoam descalços as veredas da aldeia
o pensamento agita-se na noite escura
e a saudade transborda no segredo das palavras escritas com gestos
É a familia que nos disperta e nos anima nas horas paradas na caserna
O tempo vai passando lento... como um relógio sem corda ...
há suspiros agudos de animais mais intensos os das aves ...talvez perdidos na floresta.
O amanhecer não tarda
e de novo a vida renasce.
o horizonte permanece distante por entre montanhas de rochas enegrecidas
e capim já seco em fim de vida.
O coração fecha-se num cantigo de esperança ...
esperança num amanhã risonho
liberto deste sol escaldante de África
que nos afronta
não pelo povo mas pelo clima
onde o clarão do sol parece queimar esta terra
que não pecou apenas quer a LIBERDADE
Macaloge (norte de moçambique)
Boa!... Já lá vai tanto tempo...
ResponderEliminar"Já lá vai tanto tempo..." diz o Veríssimo. Eu digo: Quase meio século; e o que é curioso é que com a nossa idade permanece na memória a imagem de Moçambique com uma nitidez impressionante.
ResponderEliminarEsta tua poesia (não interessa prosa ou versificação) faz despertar em nós uma mistura de sentimentos que nos transporta a muitos sonhos que se viveram e hoje vêmo-los tristemente passar lá ao longe passivamente.
Parabéns pelo "blog". Continua.
Aquele abraço do João Oliveira.