A magestosa praia tem a vida que as ondas lhe dão...
A falésia desgasta-se ...
é o mar que lhe consome as entrenhas
mas resiste imponente irredutivel ,serena
estou sozinho, ninguem mais veio reclamar a paz deste entardecer ...
sentado na areia sinto o ar fresco da brisa
refresco-me, medito e escuto tudo o que o mar tem para me dizer ...
Histórias de navios de pescadores queimados pelo sol e pelo sal
regressam
trazem redes, apetrechos da arte e sorrisos porque chegam por fim à Sua gente
Pequenas embarcações a transbordar de saudade ... algum peixe
quantas vezes mãos cheias de nada
mas agora é a sua gente que está ali no cais
e não tardam os abraços e as lagrimas de quem tanto esperou em sobressalto.
As ondas contam a vida do mar
é preciso saber escutar ...
este mistério atrai-me fascina-me ... e perco o olhar na imensidão
as ondes vêem altas lá ao longe para desfalecerem na areia dourada da praia
numa espuma branca repetida
fico a ver ...
gostava de cá voltar um dia
Amoreira do alentejo.
Comentários
Enviar um comentário